Da vela preta,
nasce uma flor.
Cheia de pétalas,
em cento e oitenta…
Até mais…
Se abrindo
até o fim,
até, finalmente,
alguma
completude.
Entendê-la?
Nem tenta!
A água,
mais fluida
que nunca
se derrama
gostosamente
refletindo
vermelho.
As pétalas
estão bem
cuidadas.
Bem
lubrificadas,
pela água
vermelha.
Subversiva,
a flor
também
soprõe à
água,
lhe escorre,
escapa.
As águas
pedem:
volta
também
pro seu
altar.
Acende lá,
as velas,
onde tudo
começou…
Quase como
tartaruga
no mar!
A flor,
em contrafluxo,
me quer na rua.
Oxóssi,
vamos, hoje,
com calma,
mas vamos.
Pra rua,
pra Lua!