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Nawal(es)-natal(es) - Wajxaqib’ Imox-No’j

Poesia que escrevi no natal de 2022 (11 Tz’ikin).

Descobri!
Minha vida é um ritual:
feito de magia natural.

Nas encruzas, a gente se encontra.
Sem se ver, sem se tocar…
Precisa lembrar?

Velo noites,
como quem se esquiva
dos açoites…
Do tempo.

Incertezas?
Impurezas?

Tlazolteotl
levou tudo!
Transformou,
sem deixar
mudo.

Livre!?
Pra escolher,
ao menos,
e servir.

Meus sonhos,
nada enfadonhos,
são sentidos de longe…

Que porra aconteceu,
que me fez
sair do breu?

Como quem lá
nunca esteve.

Já pronto pra morte,
outro assunto é sorte!
No tempo da Calunga.

Olho pra cima,
contemplo minha pequenez.
Vejo caçador no céu:
Um, dois, três.

Como nós,
laços.
Percalços…

Ouço o passado,
vejo o futuro;
ou vice-versa?

Peçamos juntos:
Coração dos Céus,
remove os véus!
Coração da Terra…
Germina e nunca,
nunca encerra!

É nois otra vez?

Já é,
já somos…
Já fomos!

Escrita aleatória,
de natal… ?
Eu só sei o que é isso
às vezes…
Bebê K’awiil!

Há momentos em que
vou à frente,
junto ao próximo
rosto do dia.

Ou então sigo atrás trás
protegendo seu caminho,
voraz.

É espiral,
surreal…
Encontro
ancestral.

A música canta sem palavra:
memória deles apita,
memória nossa grita!
TODO DIAAAAA…

Quero dizer mais nada!
Mas não dá…
Meu silêncio também é
palavra encantada.

SentiPensar…
Contigo.

Nós 2,
nós 3,
nós 400.

Nawal(es)-natal(es) - Wajxaqib’ Imox-No’j
https://oxlajujqanil.net/posts/nawales-natales-wajxaqib-imox-noj/
Autor
Oxlajuj Q’anil
Publicado em
25/12/2022