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May(a) / Uns dias

(Duas escritas destes dias - a primeira em 15, a segunda em 20/11/2022 -, pra ela que sentiu primeiro chamado coletivo, de comunidade)

May(a)

Às vezes,
o conhecer
é resgatar,
reconhecer…
May(a)!

De onde
vem tudo
isso?

De dentro
de nós,
já sei.
Mas…

Quem me trouxe
assovio foi você,
nas encruzilhadas.

Cura dentro
de mim,
que entrou
sei lá como.

Mãe de todos,
parteira, guerreira,
as Ìyámì Osoronga
em sua força coletiva!

O que a gente
faz é eterno,
e que bom
que você

sentipensa
comigo,
e posso dizer
que te amo

e ter certeza
da reciprocidade
ancestral

do futuro…
do passado.

haja tempo,
verbal
e da espiritualidade,
diria sabes quem.

Soy como
Santiago,
pero no soy santo.

Así, que
se quit’el san,
se queda Thiago.

Y ya…
Segue a vida
sem tanto peso.

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Uns dias

Ai, Mays…
Uns dias
pesam mais.

Digo:
não me rendo,
não me iludo,
não te inventei,
nem ela, nem elu.

Eu não estou errado,
não pode ser…

“Não somos ilusão”,
você me diz,
como quem confirma
um acalanto.

Como quem diz
que o que eu sinto
é de verdade,
que eu não minto…

Mas só o silêncio
realmente tem andado,
comigo, enquanto vejo
vocês pelas ruas.

É…
Também andas comigo,
até quando não sinto.
É que me inebrio
em Sankofa…

Mas dói, pois só entendo
outra partezinha!

Quem sabe a angústia
da espera… Se vai.
Ai, meu pai!

Vai não…
Mas vamos
aplacando.

Quero o grácil…
Só não tá fácil.

May(a) / Uns dias
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Autor
Oxlajuj Q’anil
Publicado em
20/11/2022