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Feliz Ano Novo Maya - 11 Manik’
Neste dia 31 de Março de 2022, iniciamos um novo ano no calendário maya, dentro da tradição “clássica” e das terras baixas, 40 dias após o ano novo das terras altas (10 Kej). Ou seja, trata-se da tradição de ano novo utilizada pelas antigas elites mayas do período clássico (~ séculos 3-10), hegemônica, institucionalizada entre elites de diferentes regiões. Bem, dentro da correlação mais aceita, pelo menos, é hoje o dia! Assunto pra outro momento.
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Sobre eventos acadêmicos não-gratuitos
Há muito, muito tempo, venho me manifestando contra a cobrança de inscrição em eventos acadêmicos. Via de regra, e não só no Brasil, as grandes associações científicas são as que organizam eventos mais grandiosos e caros. A despeito do fato de que essas associações já ganham dezenas (diria que mesmo centenas) de milhares de reais todos os anos com a cobrança de anuidade aos seus membros, o dinheiro nunca é suficiente. Pode a CAPES, o CNPq (ou seus equivalentes em outros países) injetarem rios de dinheiro nesses principais eventos, que eles vão continuar cobrand - e caro - do público. Quem paga a conta? O público!
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12 min
Meta o Facebook fora das suas metas
Segundo o Facebook (Meta), minha conta “tem o potencial de alcançar muito mais pessoas do que o usuário médio do Facebook”. E, para minha proteção, eu sou *obrigado* a aderir ao programa chamado Facebook Protect, caso queira continuar a usar a plataforma, afinal (novamente segundo eles) “hackers [sic] são geralmente motivados a atacar contas que possuem muitos seguidores, comandam páginas importantes ou possuem alguma significância comunitária”. Bem, certamente nenhum dos casos mencionados se aplica a mim!
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4 min
Software Livre à Esquerda? Descolonização dos Computadores?
Numa sociedade globalizada e em processo de digitalização aprofundada há pelo menos 30 anos, penso que “esquerdas” que não lutam para romper com seus próprios grilhões digitais são esquerdas não apenas mais alienadas, como mais facilmente controladas e monitoradas. Quem é mesmo anticapitalista, em especial, não deveria se dar ao luxo de ser tão digitalmente alienad@ quanto qualquer pessoa “normal”, no entanto usa-se como parâmetro a alienação geral para justificar o atraso e a negligência de “esquerdistas”, “progressistas” e outros “istas” quaisquer - incluindo “anarquistas”. O relativismo conformista vence diariamente, enquanto seguem em seus Windows, Facebooks, Instagrams e fazem deles não só órbita como eventualmente condição primária de sua vida e de seus trabalhos. Assim, as próprias esquerdas (incluindo no Brasil) têm, sistematicamente, reforçado e legitimado monopólios e hegemonias mantidos por grandes empresas, como é o caso do “grupo” GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft).
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5 min
Se eu quisesse ser ajq’ij (ou "No mundo de mayas terrestres e galácticos")
Se eu quisesse ser ajq’ij... Quem hoje eu seria?
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2 min
POR UMA DESCOLONIZAÇÃO DA PRÁXIS NA RELAÇÃO COM OS CALENDÁRIOS MAYAS
Descolonizar a práxis é o que a galera new age precisa entender (leia-se botar em prática) em termos-ações bem concretos. Quer dizer, adianta a pessoa deixar de seguir o “falso calendário maya”, passar a seguir a ordem maya dos dias, se continua com uma mentalidade new age, no pior sentido em que o termo pode ser definido? O individualismo, o neoliberalismo, a sociedade de consumo que passou a consumir cada vez mais sem responsabilidade alguma, seja para com o meio-ambiente ou para com as outras culturas e sociedades… Se calendário maya virou negócio deturpado por quem nunca viu ou conversou com um maya na vida (e nem leu ou estudou outros que estiveram); se calendário maya virou commodity pra consumo de uma suposta cultura-e-espiritualidade que nada tem de maya… Tem que “descolonizar” pra muito além do que muitos, entre os que reivindicam teoricamente o “descolonial”, praticam. Confesso-me hoje sem paciência pra reivindicar tal teoria, justo por não concordar com a práxis de vários daqueles que parecem ser seus principais expoentes. Disputar campo academicista com verniz “descolonial” pra bater cabeça com maluco liberal que quer pagar de bonito? Tô fora. Pra mim, mais vale a práxis! Você pode ter toda uma trajetória new age, em que eventualmente aprendeu a fazer um monte de coisa, ok, mas e aí?! Talvez várias dessas coisas estejam equivocadas e você ainda não tenha se dado conta. Quer respeitar os mayas pra valer, entender o negócio mais “antropologicamente”, ou quer continuar mantendo uma relação abusiva com o calendário maya? Só seguir a ordem maya dos dias (etnograficamente embasada) não adianta de nada… Dizer que hoje é dia 13-Morte (o dia de hoje, 28/07/2022 no calendário maya) não significa, por si, que a pessoa tá bem embasada, menos ainda etnograficamente. E este aviso vale pra muita gente que conta os dias “como os mayas ” há muitos anos, inclusive. O quanto essas aspas não podem significar um abismo, em muitos casos e em vários sentidos? Temos de ir muito além da matemática e dos manuais interpretativos… E separar muito, mas muito bem, tudo aquilo que é maya daquilo que é “reflexão de fulano de tal” sobre “não sei o quê” do “calendário maya”.
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2 min